Nos dias de Miqueias, os grandes proprietários de terras contavam com o apoio da liderança política e religiosa de Israel que, corrompida, fazia de tudo para obter vantagem sobre os que nada tinham. A fala sobre pesos enganosos de balanças, aponta para uma desigualdade com alguma conivência de alguns que lucravam com isso, talvez o nosso conceito atual de corrupção, por exemplo.
O resultado disso é que toda a nação tornou-se moralmente corrompida (cf. Miqueias 2.1-5; 3; 6.9-16 e 7.1-7). Porque era assim mesmo, era assim que acontecia, era normal e no fim, muitos faziam o errado. Mais semelhanças com os conceitos atuais?
Foi num contexto de desigualdade e corrupção que Deus levantou o profeta Miqueias para anunciar juízo sobre Israel, chamar ao arrependimento em Judá e apontar para a esperança!
Muito mais que apontar para os dias do "pós-exílio", Miqueias aponta igualmente para Jesus, tanto para o Seu nascimento, como faz alusão ao entendimento escatológico, apontando para os últimos dias e para a restauração completa aguardada pelos cristãos para a volta de Jesus. Afinal, profetizou que a casa de Davi seria erguida mais uma vez depois do cativeiro, e reinaria sobre o mundo inteiro, trazendo paz para o povo de Deus (Miqueias 5.1-6).
Que saibamos identificar um profeta que tenha coragem de falar para além de meras posições políticas ou do que mais agrada, mas que esteja revelando o que vem do Senhor mesmo, e que não fiquemos dando atenção apenas ao que mais nos interessa.
Terminamos na próxima semana com o esboço de Miqueias, permitindo o Senhor!
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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